segunda-feira, 17 de setembro de 2012

borboletas raras tudo sobre cada uma delas


A borboleta-azul (Maculinea alcon), é uma borboleta da família Lycaenidae que pode ser encontrada na Europa e Ásia setentrional. Pode ser vista durante o verão. Como outras espécies de Lycaenidae, no seu estádio larvar (lagarta) depende do apoio de certas formigas; como tal é designada 
Esta borboleta deposita os seus ovos na genciana-de-turfeiras (Gentiana pneumonanthe); na região dos Alpes são às vezes encontrados na Gentiana asclepiadea).As lagartas não comem outras plantas.

As larvas abandonam a planta após crescerem suficientemente se aguardam no solo abaixo até serem encontradas por formigas. As larvas emitem químicos superficiais (alomonas) muito semelhantes às das larvas das formigas, levando as formigas a transportarem as larvas da borboleta para os seus ninhos colocando-as juntamente com as suas larvas; ali são alimentadas pelas formigas operárias e devoram as larvas de formiga.

Quando a larva da borboleta está totalmente desenvolvida transforma-se em pupa. Quando o adulto emerge tem de empreender a fuga do ninho de formigas. Estas reconhecem a borboleta como um intruso, mas quando tratam de atacá-la com as suas mandíbulas não conseguem agarrá-la pois a borboleta possui uma camada espessa de escamas que se soltam facilmente.

De um modo geral, as espécies de Lycanidae que têm uma relação mirmecófila com as formigas do género Myrmica apresentam especificidade dehospedeiro. A borboleta-azul é diferente neste aspecto pois usa diferentes espécies de hospedeiros em diferentes regiões da Europa. Entre elas enconram-se Myrmica scabrinodis, Myrmica ruginodis, e Myrmica rubra.

As larvas de borboleta-azul são procuradas debaixo do solo pela vespa Ichneumon eumerus. Ao detectar uma larva de borboleta-azul, a vespa entra no ninho e dispersa uma feromona que faz com que as formigas do ninho se ataquem naturalmente. Na confusão resultante, a vespa localiza a larva da borboleta e injecta-a com os seus próprios ovos. No estádio de pupa da borboleta, os ovos de vespa eclodem e as larva da vespa consomem a pupa por dentro
.

A borboleta-azul está em risco de extinção em vários países europeus. Em Portugal, é considerada em perigo desde 1994. A sua maior colônia pode ser observada no Parque Natural do Alvão, mas infelizmente algumas da suas populações reduziram-se drasticamente nas últimas décadas. Com um papel importante no ecossistema, o estudo da Maculinea alcon tornou-se uma prioridade. É que não se conhece ao certo o número de populações existentes em Portugal.
“Neste momento estamos trabalhando com quatro colônias, menos de metade das que existiam há uns anos. Três delas são muito pequenas e a maior, este ano com cerca de 4 mil indivíduos em fase adulta, está instalada em Lamas de Olo”, refere Paula Seixas, entomóloga da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
No Norte, vivem essencialmente em lameiros, prados permanentes de vegetação herbácea que se situam nas proximidades de zonas de água. A zona onde reside a maior população da espécie tem sido estudada há quatro anos. “Os resultados são animadores, verificou-se um aumento no número de indivíduos, desde o primeiro ano”, diz a entomóloga.
As curiosas características do ciclo de vida da borboleta-azul são um dos principais fatores que a torna tão sensível. Depende da genciana (Gentiana pneumonanthe), que lhe serve de planta hospedeira para os primeiros tempos de vida; depois, já em fase larvar, é “adotada” pelo gênero de formigas Myrmica, em cujos formigueiros vive quase um ano. Sai adulta, reproduz-se e… vive apenas cinco a sete dias.
Henrique Pereira, biólogo do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade, Departamento de Gestão de Áreas Classificadas do Norte, explica que “quando se alteram as utilidades dos terrenos agrícolas, vai também haver mudança na biodiversidade das espécies de fauna e flora. Se os agricultores abandonam os lameiros começa a haver concorrência entre as herbáceas, e plantas como a genciana passam a ter dificuldade em se desenvolver. E a borboleta-azul fica em risco”.
Mas, por outro lado, a presença humana tornar-se um problema. “Quando começam a surgir construções, que vão degradar zonas ideais para o desenvolvimento da planta hospedeira e dos formigueiros”, salienta o biólogo.
Os ninhos de formigas podem mudar de local todos os anos, já que apenas se estabelecem em zonas com sol e umidade, sendo que o processo de adoção das larvas também só funciona com algumas espécies do gênero Myrmica. Em Lamas de Olo, foi descoberta recentemente mais uma espécie de formiga do gênero com capacidade hospedeira. Segundo Paula Seixas, “registramos a presença daMaculinea alcon dentro dos formigueiros de uma espécie que não era conhecida na Europa como hospedeira, o que é um dado novo e importante do ponto de vista da ciência e investigação e estamos agora trabalhando nele”.
Esta complexa relação borboleta-azul, genciana e formiga, que tem colocado a espécie numa situação precária, vem sendo combatida por algumas iniciativas locais. O Parque Natural do Alvão desenvolve atividades de envolvimento de cidadãos na proteção e conservação do patrimônio natural, nomeadamente por meio de organização de campos de voluntariado com escoteiros, universitários ou outras organizações individuais. “Há uma ligação de destaque do Parque ao British Trust for Conservation Volunteers (BTCV) que anualmente coorganiza um campo de voluntariado internacional”.
Durante esses dias trabalham-se algumas iniciativas, desde ações de combate a espécies invasoras, recuperação de áreas degradadas, melhoramento de habitats, até a conservação dos lameiros onde vive a borboleta-azul.
Desde 1993 estes pequenos grupos de voluntários britânicos e de outras nacionalidades trocam alguns dias das suas férias de verão por um trabalho a serviço da Natureza. “Nos finais de junho, antes da floração da genciana e da emergência dos adultos da borboleta-azul, realizamos trabalhos de corte de arbustos e fetos dos lameiros referenciados para a espécie, visando facilitar o voo das borboletas, e as posturas nas flores de genciana”. Em janeiro próximo, está programado o arranque de projetos a cargo da Câmara Municipal de Vila Real cujo investimento é de 1,7 milhão de euros.
Esperamos ter o mesmo sucesso que o Reino Unido, onde a espécie esteve quase extinta, mas foi salva por meio de um plano de recuperação de habitat, que permitiu reverter a situação.


Borboleta transparente. Ela vem da América Central e é encontrada do México ao Panamá. É bastante comum na região, mas não fácil de encontrar por causa de suas asas transparentes, que é um mecanismo de camuflagem natural.
Uma borboleta com asas transparentes é rara e bela. Tão delicada como vidro soprado finamente, a presença dela é usada por ecologistas da floresta tropical como uma indicação da qualidade do habitat de altura e seu desaparecimento os alerta de mudança ecológica. Rivalizando com a beleza refinada de um vitral, as asas da borboleta translúcida Glasswing shimmer à luz do sol como painéis polidos de turquesa, laranja, verde e vermelho.
 
Maculinea Alcon.
Maculinea alcon é um licenideo raro e ameaçado de extinção em Portugal, encontrando-se apenas em algumas zonas serranas do Norte. As populações mais importantes desta espécie localizam-se no Sítio Natura 2000 Alvão-Marão. 
Habita os lameiros e turfeiras com matos higrófilos de tojo e de urze-peluda (Erica tetralix), regularmente pastoreados. Nestes locais forma pequenas colónias fechadas, dado que os indivíduos adultos, por viverem apenas 2 a 5 dias, raramente se deslocam para outros terrenos. 
Coloca os seus ovos nos pés da pequena Gentiana pneumonanthe, da qual se alimenta, unicamente, durante parte da fase larvar. A lagarta raramente é vista, pois alimenta-se no interior da cápsula floral.  

  Esta espécie mantém ainda uma curiosa e precária relação com um grupo de formigas (Myrmica sp.), pois a certa altura, a lagarta da borboleta desce ao solo onde é conduzida e adoptada pelas formigas até ao interior do seu ninho. Durante os meses seguintes vai-se alimentando de centenas de larvas de formiga, casula e crisalida, eclodindo na próxima época reprodutora, em meados de Julho, os machos primeiro e as fêmeas apenas uma semana mais tarde. 
As formigas adoptam e toleram a lagarta pois, em retribuição, esta segrega no dorso uma substância açucarada, muito do agrado dos seus anfitriões. 
Tendo em conta as exigências especificas relacionadas com o habitat, a alimentação e a sua biologia muito particular, percebe-se a razão da sua raridade e a dificuldade na sua conservação. Também os factores humanos são perniciosos à conservação dos habitats da Maculinea. O fogo, a eutrofização do solo, a redução da irrigação dos prados e a expansão da vegetação arbustiva (por falta de pastoreio do gado doméstico), levam à extinção de colónias inteiras. 
No início deste século, a associação Tagis, juntamente com o Parque Natural do Alvão, encetou a monitorização das populações do Sítio Natura 2000 Alvão-Marão e realizou um vídeo sobre a biologia e conservação desta espécie de borboleta. 



Borboleta-amarela (Phoebis philea philea), ou borboleta-gema ou borboleta-de-bando, é nome dado, no Brasil, a diversas borboletas gregárias, da família dos pierídeos, de coloração amarela, e encontradas no continente americano, dos EUA à Argentina.Atinge até nove centímetros, contando a envergadura das asas.
Apresenta voo rápido, do chão a copas das árvores, habitando jardins, matas e próximo de lagos e riachos.
Os machos da borboleta-amarela sugam o barro, aproveitando os sais minerais dissolvidos na água.As fêmeas alimentam-se com o néctar das flores.
Reproduz-se colocando ovos em botões florais ou folhas jovens de vegetais do gênero Cassia, como a chuva-de-ouro, mata-pasto e mangueiroba.
Os pássaros são seus predadores naturais.

Fêmea
borboleta-monarca (Danaus plexippus) é uma borboleta da família dos ninfalídeos, da subfamília dos danaíneos, de ampla distribuição nasAméricas. Tais borboletas têm cerca de 70 mm de envergadura, asas laranjas com listras pretas e marcas brancas.
Há indícios de que a espécie poderá estar colonizando o sul de Portugal.

Lagarta da Borboleta monarca
A borboleta monarca começa a sua vida como um ovo posto por uma fêmea adulta numa folha de planta de serralha, Asclepias syriaca. É do tamanho da cabeça de um alfinete quando o ovo choca, 3 a 12 dias depois, a pequena larva ou lagarta com riscas brancas, amarelas e pretas, tem oito pares de pernas curtas para trepar e partes da boca desenhadas para mastigar folhas. Mas somente folhas das plantas de serralha, mais nenhuma, como a planta de serralha tem uma seiva branca e pegajosa que é altamente tóxica para os outros animais, mas não afetam em nada a lagarta, apenas tornando seu corpo altamente tóxico para os predadores, como pássaros.
Reserva da Biosfera Borboleta-monarca (em espanhol Reserva de la Biosfera Mariposa Monarca) é uma Reserva da Biosfera situada nas terras altas do México central, criada para proteger o habitat de invernadouro e reprodução da borboleta-monarca. Foi declarada Património Mundial pela UNESCO em Julho de 2008.

Heraclides thoas

Lepidoptera é uma ordem de insectos (lepidópteros) muito diversificada que inclui as borboletas e um grupo chamado de traças em Portugal oumariposas no Brasil. O grupo inclui insectos com dois pares de asas membranosas cobertas de escamas e peças bucais adaptadas a sucção. O ciclo de vida dos lepidópteros é holometabólico e engloba quatro etapas: ovo, larva (quando é especificado por lagarta), pupa (especificada comocrisálida) e imago (a fase adulta).

Existe boa diversidade de formas e comportamentos dentre os lepidópteros. É comum em varias especies o uso de aposematismo, mimetismo ecamuflagem (tanto na fase adulta quanta na larval) como meios de defesa contra predadores. Algumas também apresentam toxinas no corpo, sendo que no caso de algumas lagartas esta pode ser "injetada" em seus atacantes por meio de cerdas que o animal possui no dorso.

Algumas espécies possuem um tempo de vida extremamente curto quando chegam à fase adulta, em muitos casos apenas o necessario para areprodução. Geralmente nestes casos, o animal adulto nem sequer se alimenta, possuindo o aparelho bucal atrofiado, sendo que acumulam toda a energia necessaria para viver no estagio larval. As que se alimentam na fase adulta o fazem através da sucção de liquidos, geralmente o nectar de flores ou o sumo de frutos em decomposição. Muitas especies tem grande importância na polinização de diversas plantas.


Há cerca de 180 000 espécies de lepidópteros, classificadas em 127 famílias. Destas, seis estão em perigo crítico de [extinção], 36 estão ameaçadas e 116 são consideradas vulneráveis. O Brasil é considerado o quarto pais com maior diversidade de lepidópteros do mundo, tendo cerca de 5000 especies conhecidas. Destas, 57 espécies são consideradas em risco de extinção.

Sistematicamente, a ordem é dividida em quatro subordens: Zeugloptera, Dachnonypha,Monotrysia e Ditrysia. Informalmente a ordem é dividida em dois grupos: Rhophalocera(borboletas) e Heterocera (traças/mariposas).

As 127 familias se agrupam em 44 super-famílias de lepidópteros, das quais apenas duas (Hesperioidea e Papilionoidea) são consideradas Rhophalocera (borboletas), o que corresponde a cerda de 12% (cerca de 22.000 especies). As seguintes familias são consideradas como borboletas: Hesperiidae, Papilionidae, Pieridae, Nymphalidae, Lycaenidae e Riodinidae. As restantes são designadas por traças/mariposas.







Uma espécie de borboleta da Grã- Bretanha está sendo favorecida pelo aquecimento global. A população da Aricia agestis aumentou nos últimos 20 anos, pois com a elevação da temperatura não é mais necessário ser tão exigente na escolha da planta onde ela deposita os ovos. Pesquisadores da Universidade de York constataram que a espécie mais que dobrou sua área de abrangência, que avançou79 km2 ao norte em 20 anos. Para eles, isso significa que as mudanças climáticas também podem criar condições vantajosas para a sobrevivência de uma espécie.
O estudo contou com a análise e coleta de dados dos últimos 40 anos. Os pesquisadores observaram que antes, a espécie usava apenas a uma planta, a esteva (Helianthemum nummularium), para depositar os ovos. Esta planta nasce na parte sul da Grã-Bretanha, mais ensolarada. Agora, foi observado que as borboletas também estão usando em seu ciclo de reprodução várias espécies da família do gerânio, que com o calor está se tornando muito mais comum.
Entre as 77 espécies encontradas pela pesquisadora está a gigante Caligo idomeneus, que tem mais de 20 cm de comprimento. (Foto: Divulgação/MMA)

Entre as 77 espécies encontradas pela pesquisadora está a gigante Caligo idomeneus, que tem mais de 20 cm de comprimento. 


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De última hora incluí esta borboleta fashion, purpurinada e lindíssima. Nunca vi nada igual… Arna, tenho ela em tamanho “posterável”… podemos ter um poster… borboletas da amazônia.



Anartia amathea – Esta espécie é muito comum em áreas alagadas, onde cresce a planta que alimenta suas larvas. Em alguns lugares mais perturbados pode ser a espécie mais comum. 


Anartia jatrophae – Parente próxima da A. amathea, esta espécie é comum em áreas bem abertas. É fácil vê-la voando baixo na vegetação rala das dunas próximas ao mar.


Caligo teucer – Esta é apenas uma das borboletas conhecidas como “olhos de coruja” ou “corujão”. São espécies de hábitos crepusculares, que voam bem cedo pela manhã ou no final da tarde. Entre elas estão algumas das maiores borboletas do planeta.



Catonephele numilia (borboleta) – Esta espécie, comum em quase toda porção tropical da América do Sul, é comum nas bordas e clareiras das florestas. As fêmeas são bastante diferentes dos machos, sem as marcas laranja nas asas

Dynamine artemisia – Esta borboleta pequena tem lagartas que se alimentam em folhas da urtiga trepadeira.


Melanargia sp. – Esse grupo de borboletas é bastante conhecido por ser abundante em florestas da Europa e da Ásia, voando apenas nos meses do verão.


Tegosa claudina – Uma borboleta comum e presente em diversos ambientes desde clareiras de florestas até jardins urbanos. As lagartas vivem em grandes grupos e se alimentam em plantas da família das margaridas. Leia também a reportagem Cores ao vento sobre as borboletas ninfalídeas


A maior borboleta do mundo

A maior borboleta do mundo e a Queen Alexandra Birdwing e é encontrada apenas numa pequena área das florestas tropicais ao norte da Papua Nova Guiné.
Além de grande, essa também é uma das mais raras borboletas e esta ameaçada de extinção devido a destruição do seu habitat natural.


Os machos e as fêmeas são bem diferentes entre si. O macho e menor e mais colorido. A fêmea tem colorçãoo em tons marrons e pode alcançar ate 31cm da ponta de uma asa a outra e pesar ate 12g.
Por sua raridade e tamanho, essa borboleta atinge um alto preço no mercado negro chegando a cifras de milhares de dolares por exemplar. Apesar disso, a maior ameaça continua sendo a destruição do meio ambiente para a formação de lavouras.


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